domingo, 28 de junho de 2009

O HINO DA ÉPOCA

Apelo a todos os ex-combatentes do Batalhão 1875, caso tenham a oportunidade de ler esta história e queiram participar com fotos da época de 1966 a 1968. Basta que me enviem as fotos para angelo.joaquim@sapo.pt e assim que possível, serão publicadas.Pretende-se tornar esta história mais rica, com as experiências dos que passaram pelas longínquas paragens de Angola.

É uma historia que tem a ver com todos os ex-combatentes que prestaram serviço militar em África.Um hino especial dedicado a todas as mães, que passaram por este sofrimento com ausência dos seus filhos, outras que os perderam para sempre numa guerra injusta.

O FORMIGUEIRO

Pois pela única vez que vim a este lugar, subi a uma laranjeira carregada de laranjas afim de apanhar o respectivo fruto, coisa rara na guerra.
Mas o inesperado acontece, o inimigo estava lá! Um ninho de formigas em cima da laranjeira.
Assim que lhes toquei, tentaram imediatamente comer-me vivo, desci e no chão tive que me despir, sacudir o camuflado, afim de me ver livre deste malditos bichinhos.
E foi deste laranjal que trouxemos um Unimogue carregado de laranjas para o acampamento.

FORMIGA É FORMIGA.

O LARANJAL - retomar das memórias...

Numa saída de Unimogue - carro do exército com seguramente 12 militares incluindo o condutor
por cada viatura mas nunca o número certo - fomos numa ocasião a uma mata de zona plana com um laranjal nas margens de um rio. E muito próximo com alguns morros extraordinários, coisa como nunca tinha visto, morros estreitos e altos com que se fossem coisas da arquitectura moderna, a companhia que substituímos que foi para o (TOTO), teve as duas baixas em combate.
Foram surpreendidos pelo inimigo e o inesperado aconteceu... dois mortos em combate.