Foi durante vinte e sete meses, que o pessoal da companhia 1494 composta por cento e tal homens, viveu numa determinada área com cerca de arame farpado, com postos de vigia em volta, a cinco metros de altura com sentinelas de dia e noite.
Composta pelo Capitão Adelino F. Almeida, pelo Tenente Médico Dr. Alonso, clínica geral e estomatologia, Alferes miliciano Ferrajota, Alferes miliciano Eleutério entretanto falecido, Alferes miliciano Tomé Macedo, Alferes miliciano Rui Borges Digníssimo juiz em Lisboa (o capitão segundo informações também já faleceu), quatro sargentos do quadro furriéis milicianos, e soldados.
O isolamento era total além do ambiente de boa camaradagem, cada um tentava passar o tempo da melhor forma uns ouvindo música, outros jogando futebol, escrevendo às famílias, às namoradas, e madrinhas de guerra, bebendo cerveja,etc.
Era muito difícil, e para alegrar as tropas tínhamos correio uma vez por semana.
Tivemos momentos de termos no quartel um único pelotão. Para os que nunca fizeram tropa, "pelotão" é um grupo de homens, poucos ao ponto de eu estar de serviço ao posto de socorros e cabo da guarda ao mesmo tempo, ao que também se pode chamar de crise.
Poderia ter uma lista com o nome de todos os militares da companhia, mas nunca me passou pela cabeça qua algum dia viesse a escrever memórias e muito menos num Blog, que é coisa futurística para uma pessoa com a minha idade e sem qualquer conhecimento aprofundado destas novas realidades da internet.
Digo isto porque quando tocava a vacinar os militares da companhia, todos mas todos, nos "passavam pelas mãos", no bom sentido da palavra.
sexta-feira, 29 de maio de 2009
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