Dentro da nossa guerra havia o grupo da rapaziada, das transmissões, telegrafista, telefonistas, incluindo o chifra, e nós serviço de saúde. Estávamos encostados porta com porta na mesma caserna, e reinava um ambiente saudável até para as comezainas das omeletes com ovos, e cerveja.
Numa bela noite o bom ambiente alargou-se a mais alguns participantes, incluindo o nosso Capitão e mais alguns oficiais e furriéis. Cheirou-lhes a petisco e o convívio prolongou-se noite fora.
O nosso Capitão a tocar acordeão e todos nós tínhamos que cantar uma cantiga, aquele que não cantava era penalizado com uma grade de cerveja, e esta penalização aconteceu ao nosso furriel Bicho.
Eu cantei naquela época na presença de todo o grupo...
"Já não tenho Pai nem mãe, já não tenho ninguém vivo,
sou como o perdigoto que ando no mato perdido."
E não é que fui aplaudido por todos com uma salva de palmas?...
Camaradagem, um por todos e todos por um.
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