quarta-feira, 27 de maio de 2009

O GUIA

Desta vez a ordem do Capitão Almeida disse:"Quero toda a gente bem prevenida."
Tinhamos informação segura de que existia um acampamento nas margens do rio Loge. Eu sempre me fiz acompanhar da pistola Valter de 9 mm, arma de guerra. E felizmente, conforme a recebi assim a entreguei, sem nunca ter feito um disparo com ela.
Mas enfim ordens são ordens, e desta vez saí com a fabulosa costureirinha G 3, com seis carregadores, mais seis granadas defensivas, incluindo bolsa de primeiros socorros bem recheada com material, que pensei poder vir a ser útil, incluindo até soro, caso houvesse necessidade de transfusão. Em suma, preparado para qualquer eventualidade.

Na nossa companhia ía um indivíduo de côr como guia, caminhámos algumas horas debaixo de um sol abrasador, com dois grupos de combate cujo nº de homens não me recordo, embora creia terem sido perto de cinquenta.
Depois de algum tempo houve uma pausa, com descanso junto à margem esquerda do rio. Nisto alguém notou um cheiro a fumo e ficámos alerta.

O Oficial responsável pela operação, pede informação ao guia que nos acompanhava, simplesmente dizendo que não era possível estarem ali, mas sim mais à frente do nosso itinerário.
Já quase pôr do sol, o Alferes bastante carregado, pediu-me para permanecer ali com meia dúzia de soldados, enquanto eles fizeram mais alguns km. Regressaram já era noite e pernoitamos precisamente naquele lugar.

Mata serrada até de manhã,dias depois recebemos ordens para permanecer naquela zona durante alguns meses seguidos. Sucede que mais tarde viemos descobrir um acampamento
abandonado, mas numa bela saída ainda fomos premiados com uma mina de fraca potência que não nos causou felizmente qualquer ferido.

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