Realizou o seu convívio anual na zona de Alenquer, no dia 3 de Maio de 2008, juntando cerca de 200 pessoas.
Há já vários anos, que o Ex-Alferes Rui Borges da C. Caçadores 1494, homem de Coimbra e Actual Juiz Desembargador Jubilado, têm sempre brindado com o seu soneto da sua autoria, alusivo ao motivo desta confraternização(Hino). Obrigado senhor doutor Juiz pela sua presença, nos convívios que se têm realizado, assim com neste último no Mês de Maio de 2009, em Porto de Mós, agradecimento este extensível também ao senhor doutor Bento Soares. Ambos continuam sempre presentes com a Vossa simplicidade, ambos ligados à bonita Cidade de COIMBRA. Além de todos, a Vossa presença é sempre um motivo de amizade, e dignidade que nos ligou em tempos, extremamente difíceis.
quarta-feira, 29 de julho de 2009
terça-feira, 21 de julho de 2009
BATALHÃO DE CAÇADORES 1875-HINO À VIDA
Louvemos bem alto a alegria de viver
Partilhando o amor com nossos ante queridos!
Mensagem de quem em perigo de morrer
Suportou sacrifícios, lado a lado vividos.
Partilhamos a dor, ansiedade, emoções...
Ao suor colava-se o pó rubros das picadas...
E nas saídas com chuva, tempestade , trovões,
Recordo as silhuetas no céu recortadas
Depois, aquele silêncio...o céu estrelado...
Nossos olhos fitando cheios de ilusões
A recordar, lá longe, sonhos adiados...
Assim, fomos uvas na dona do destino...
Desde então, fermentou nos nossos corações
O vinho da amizade, puro, e genuíno.
Rui Borges(EX-Alferes da CCAÇ 1494)
Partilhando o amor com nossos ante queridos!
Mensagem de quem em perigo de morrer
Suportou sacrifícios, lado a lado vividos.
Partilhamos a dor, ansiedade, emoções...
Ao suor colava-se o pó rubros das picadas...
E nas saídas com chuva, tempestade , trovões,
Recordo as silhuetas no céu recortadas
Depois, aquele silêncio...o céu estrelado...
Nossos olhos fitando cheios de ilusões
A recordar, lá longe, sonhos adiados...
Assim, fomos uvas na dona do destino...
Desde então, fermentou nos nossos corações
O vinho da amizade, puro, e genuíno.
Rui Borges(EX-Alferes da CCAÇ 1494)
terça-feira, 14 de julho de 2009
sábado, 11 de julho de 2009
RIO MABRIDJ
Foi no Triângulo do Rio Mabridje, entre as duas margens do rio com o feitio de um "V", desaguando num só, que permanentemente fazíamos espera ao inimigo... em termos militares: "emboscadas", durante três, quatro dias seguidos.
Numa ocasião, o inimigo foi interceptado no percurso e flagelado pelo fogo das armas dos nossos militares. Não estive directamente metido nesta operação, mas muitas vezes dormi lá nesse lugar aonde havia milhares de melgas, e alguns crocodilos.
Durante noite e dia, tínhamos que espalhar uma pomada no corpo para que as melgas não nos perseguissem continuadamente e dormíamos praticamente com os pés quase metidos na boca dos "amigos" répteis.
Determinado dia, estava eu lá directamente, quando somos surpreendidos pelo voar de dois Aviões Fiat, sobrevoando o local com duas voltas mesmo em cima das nossas cabeças, com um som estridente. E como não vimos más nem boas, tivemos que nos expôr afim de identificar que éramos tropa Portuguesa porque não tinhamos rádio para comunicarmos com eles.
Depois de verificarem bem lá seguiram viagem, porque aquele local era frequentemente bombardeado com bombas Napal que até as próprias árvores ficavam completamente depenadas.
Fui um dos maiores sustos da minha vida porque se disparassem ali ficaria um grupo de combate completamente destroçado .AVIÃO CARREGADO DE BOMBAS METE UM SENHOR RESPEITO.
Numa ocasião, o inimigo foi interceptado no percurso e flagelado pelo fogo das armas dos nossos militares. Não estive directamente metido nesta operação, mas muitas vezes dormi lá nesse lugar aonde havia milhares de melgas, e alguns crocodilos.
Durante noite e dia, tínhamos que espalhar uma pomada no corpo para que as melgas não nos perseguissem continuadamente e dormíamos praticamente com os pés quase metidos na boca dos "amigos" répteis.
Determinado dia, estava eu lá directamente, quando somos surpreendidos pelo voar de dois Aviões Fiat, sobrevoando o local com duas voltas mesmo em cima das nossas cabeças, com um som estridente. E como não vimos más nem boas, tivemos que nos expôr afim de identificar que éramos tropa Portuguesa porque não tinhamos rádio para comunicarmos com eles.
Depois de verificarem bem lá seguiram viagem, porque aquele local era frequentemente bombardeado com bombas Napal que até as próprias árvores ficavam completamente depenadas.
Fui um dos maiores sustos da minha vida porque se disparassem ali ficaria um grupo de combate completamente destroçado .AVIÃO CARREGADO DE BOMBAS METE UM SENHOR RESPEITO.
domingo, 5 de julho de 2009
AS MÃES
É bom que se saiba e se dê ao conhecimento da juventude de hoje, que houve mães na freguesia do Telhado (Fundão) e outras, que criaram filhos para alimentar as guerras coloniais (África).
E três delas da nossa terra, em que não foi só um filho mas sim dois. Uma delas felizmente ainda viva, assim como o Pai, deu dois filhos ambos pára-quedistas, e os dois fizeram a guerra em Moçambique. A minha, fui eu para Angola e pouco tempo depois do meu regresso, foi um irmão meu para a Guiné, único oficial da terra na época.
Outra creio que também deu dois senão três, mas seguramente dois, e muitas que deram um, porque se mais tivessem, não escapava ninguém...
Não coloco nome das mães para não vir melindrar a dignidade das famílias dos próprios, porque a maioria já não estão na nossa presença...
Aproveito para lançar uma sugestão ao Sr. presidente da Câmara do Fundão, afim de pensar fazer um monumento de homenagem na cidade, a todos os filhos da terra, do concelho, Ex combatentes que foram muitos, e em especial aos que deram a vida em nome desta gloriosa PÁTRIA...
Depois de 35 anos de democracia há coisas que ainda caem no esquecimento dos presidentes de junta e presidentes de câmara...
Sigam o exemplo de outras terras e até bem perto da nossa porta.
TENHO DITO.
E três delas da nossa terra, em que não foi só um filho mas sim dois. Uma delas felizmente ainda viva, assim como o Pai, deu dois filhos ambos pára-quedistas, e os dois fizeram a guerra em Moçambique. A minha, fui eu para Angola e pouco tempo depois do meu regresso, foi um irmão meu para a Guiné, único oficial da terra na época.
Outra creio que também deu dois senão três, mas seguramente dois, e muitas que deram um, porque se mais tivessem, não escapava ninguém...
Não coloco nome das mães para não vir melindrar a dignidade das famílias dos próprios, porque a maioria já não estão na nossa presença...
Aproveito para lançar uma sugestão ao Sr. presidente da Câmara do Fundão, afim de pensar fazer um monumento de homenagem na cidade, a todos os filhos da terra, do concelho, Ex combatentes que foram muitos, e em especial aos que deram a vida em nome desta gloriosa PÁTRIA...
Depois de 35 anos de democracia há coisas que ainda caem no esquecimento dos presidentes de junta e presidentes de câmara...
Sigam o exemplo de outras terras e até bem perto da nossa porta.
TENHO DITO.
quarta-feira, 1 de julho de 2009
TRAVESSIA DO RIO
O barco de borracha ia indo corrente abaixo, imaginam que na travessia do rio com 12 soldados, material e armamento, um dos remadores desequilibrou-se e caiu à água numa forte corrente. O militar já dentro de água teve a coragem de deitar a mão ao barco e com a outra continuou nadando, puxando o barco para a margem que pretendíamos alcançar.
Valeu o bom senso e sangue frio para nos mantermos dentro do bote, já com o rabo a meter água e só com um remador.
Assim evitámos o que poderia ter sido uma tragédia naquele momento, o rio tinha um caudal bastante forte.
Valeu o bom senso e sangue frio para nos mantermos dentro do bote, já com o rabo a meter água e só com um remador.
Assim evitámos o que poderia ter sido uma tragédia naquele momento, o rio tinha um caudal bastante forte.
GUERRILHA
O inimigo nestas guerras de África muitas vezes é invisível, devido ao acentuado privilégio de zonas geográficas de existência de capim extremamente alto, e às matas serradas. E isto nas guerras de guerrilha há momentos tanto se pode estar a conviver connosco, como de um momento para o outro, estar do lado oposto a fazer fogo contra nós, as circunstâncias assim o permitiam.
A guerra de guerrilha é isto mesmo, e bastam umas centenas de guerrilheiros para pôr todo um País em alvoroço. Era o caso das colónias.
A guerra de guerrilha é isto mesmo, e bastam umas centenas de guerrilheiros para pôr todo um País em alvoroço. Era o caso das colónias.
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