quarta-feira, 31 de março de 2010

Emblema da Companhia de Caçadores 1495.

3ª Secção do Primeiro Grupo de Combate da Comp.de Caçadores 1495.no Lucunga.

Seccção de Combate.

Do Furriel Jorge Isidoro recebi este magnifico emblema da companhia de caçadores 1495 representando a corneta,emblema de caçadores,e duas armas ligeiras (G 3)sobrepostas em cruz,e o respectivo capacete.Terceira secção do primeiro grupo de combate,e este grupo de militares ciente de que era a secção que o furriel Isidoro que comandava nos bons e maus momentos.Cada grupo de combate era composto por quatro secções,que na sua totalidade eram quase trinta militares,e comandada por um oficial de patente Alferes.E na minha maneira de ver por aqui já havia muita imaginação nas memórias deste militares, porque o respectivo emblema é engenharia de militares...

terça-feira, 30 de março de 2010

Furriel Miliciano Jorge Isidoro

No Grafanil Luanda.

Este operacional é o Furriel Miliciano Jorge Isidoro da Companhia de Caçadores 1495 que foi colocada no Lucunga e comandada pelo Capitão Matos.Ligado ao primeiro grupo de combate,e ainda no Grafanil em Luanda,preparando-se para dar inicio aos dois anos de comissão no interior de Angola,e colocado no Lucunga,(ZIN).Operacional como todos os nossos camaradas de armas,e munido com uma pistola metralhadora Uzite de fabrico Israelita, e equipado com equipamento aligeirado.A mim na altura foi-me distribuída uma pistola metralhadora (FBP),e que mais tarde vim trocar pela pistola (VALTER).e que me acompanhou até ao fim da comissão.

sábado, 27 de março de 2010

Parada do Toto

Parada do Quartel do Toto

Digam o que disseram...Pensam o que pensar...Mas por este espaço físico de terreno durante treze anos de guerra, passaram,e formaram milhares de militares,e em todo este espaço de tempo foi aqui engolida a juventude de muitos jovens...Na retaguarda destes militares era o refeitório das praças que saciou o estômago de muitos militares,e neste terreiro formaram durante todos estes anos muitos milhares...Lado esquerdo refeitório, lado direito um barracão ligado à intendência,deposito de géneros. Aqui temos o interior do quartel,incluindo parada,de frente e portas de armas vista de dentro para fora, e a porta de armas do aquartelamento e alguns militares da guarda.Em frente já fora do quartel naqueles morros fica a nova sânzala, construída pelas mãos dos militares.

terça-feira, 23 de março de 2010

Doutor Bento Soares.

Militar em Apuros Com uma Apendicite Aguda.

Este ilustre Médico que foi Alferes Miliciano na companhia de caçadores 1495, digníssimo Doutor Bento Soares,que esteve colocada no Lucunga, de 1966 a 1968 e foi este brilhante médico do mesmo Batalhão de Caçadores 1875,e assim  que regressou de férias,foi logo de imediato chamado para me evacuar um doente com uma apendicite aguda...Já de noite tiveram que organizar um grupo de combate para fazerem uma viagem de cento e vinte kms  por entre picadas sinuosas e matas,densas para irem do Toto, ao local aonde estava-mos estacionados com o referido doente,no Lucunga.
Este militar depois de operado e de regresso a companhia me veio a agradecer pessoalmente o me ter interessado pelo caso dele.Aqui os agradecimentos ficavam para ultimo plano, tratava-se sim de um militar,doente necessitando de uma intervenção,de cirurgia urgente...O lema de tratamento era igual para todos sem qualquer distinção.Sentido esse que se enquadrava numa problemática singular,tendo em conta,todos os elementos,militares e civis.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Alferes Miliciano Rui Borges.

Alferes Miliciano Rui Borges.

Este oficial,Alferes miliciano Rui Borges,já no ano de 1966 e 1967 se prestava para certos assuntos,e como tal eu também gostava de saber qual o conteúdo desta conversa! Naturalmente nem o próprio actor de momento me saberia dar uma resposta!Rodeado por militares que faziam parte do seu grupo de combate,quarto grupo, da companhia de caçadores 1494 e conversando com um indevido de cor...Qual seria o resultado da conversa? Os restantes militares muito atentos aos desenrolar dos acontecimentos...
Sinceramente eu gostava de saber o porquê deste assunto...
Hoje meritíssimo Juiz já muito próximo da reforma,se é que não esta já reformado!

E agora que escrevo esta historia à distancia de alguns anos exactamente neste mesmo capitulo, e pela escrita, os acontecimentos evocados são afinal recriados visto o lapso do tempo entre a realidade e a memória, permitir a reelaboração do pensamento...Transcorridos os anos que medeiam os dois momentos,o da vivência escrita, olho o passado com o mesmo olhar com que olho o presente.
Vivo estes factos passados com o sentido que me ocorrem a memória com lucidez,e com sentido de responsabilidade.Milhares de historias ficam refugiadas na memória de muitos militares,e muitas ficarão por contar...Esta era a nossa guerra...

segunda-feira, 15 de março de 2010

Batuques na Sanzala Toto

Batuque na Sanzala

Festa na Sanzala

Momentos Felizes na Guerra.

Estas manifestações de aldeões perante o olhar atento dos militares,e tentando divertir toda a gente que assiste a elas, essencialmente os militares, e os negros por ficarem gratos de agradecimento pela assistência que lhes era prestada pela construção de algumas habitações, embora um pouco frágeis mas muito superiores as que possuíam nos seus aldeamentos.E estas eram as populações que dentro do quartel do Toto todos os dias hás dez horas da manhã procuravam assistência medica sempre que estivessem doentes,e eu muitas vezes os assisti na questão de fazer pensos e dar injecções,fosse intermuscular ou endovenosa conforme a descrição medica...Estas populações vestiam o melhor que tinham e do pouco que possuíam para se apresentarem da melhor forma perante as autoridades militares,tanto crianças como adultos,e temos bem o exemplo mostrado pelas fotos...E para alegrar estas populações lá teve que o Alferes Emanuel, do deposito da intendência dispensar um belo pipo de vinho,o qual mais tarde os negros vieram agradecer.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Dois Oficiais Junto das Populações.

Dois Oficiais Junto dos Aldeões

Nesta foto num convívio na Sanzala com os Aldeões o comandante da companhia de Artilharia 739,temos o Capitão Mira, e ao seu lado um jovem militar Alferes miliciano Palaio que durante o ano de 1965 permaneceram aqui no Toto até Janeiro de 1966, e no reinado deste oficial já se assistia ao convívio com as populações,porque era fundamental traze-las até junto dos militares afim de dar a entender as mesmas populações que a guerra não era só utilizar as armas ou as bombas, e cabe-me dizer que este sistema de politica da psíco até deu resultado...Depois destes militares serem transferidos para outra zona, o Capitão Almeida da companhia de caçadores 1494 deu o mesmo seguimento ao sistema herdado deste seu antecessor, e tanto que resultou que a nossa tropa da 1494 da qual eu fiz parte, e da 1493 depois de nós, e do mesmo batalhão 1875 que permanecemos neste sector o tempo de toda a comissão.
Estes dois oficiais na sanzala,num dos poucos convívios que se realizou, e na retaguarda podem ver um aldeão com duas crianças de tenra idade, e alguns homens adultos dos que fariam parte da equipa de futebol...

sábado, 6 de março de 2010

Oficiais do Exercito Portugues em Angola ano de 1966

Grupo de Oficiais no Aeródromo do Toto

Antes de nos permaneceu neste sector o Batalhão de Artilharia 741,e composto pelo mesmo número de companhias que o Batalhão de Caçadores 1875,e por quem foram rendidos em Janeiro do ano 1966,e depois da sua rendição aqui no norte de Angola foram para o leste deste País,e aí terminaram a comissão no ano de 1967,e um ano antes do Batalhão 1875,que terminou a comissão no fim de Abril de 1968 com vinte e sete meses,e que permaneceu todo o tempo colocado neste sector,algures, entre Vale de Loge, Toto, Locunga,e Inga.Este grupo de oficiais entre milicianos e provavelmente incluindo,dois capitães e um tenente que faziam parte do quadro do exercito,incluindo comandantes de companhia,e alguns oficiais com o posto de Alferes miliciano,praticamente todos eles com um significado fazer o melhor que sabiam.Fazendo a leitura deste que tenho conhecimento baseado nas informações que o  Alferes Emanuel me transmitiu e que fez o favor de me enviar estas fotos então aí vai a leitura e identificação dos nossos ex-combatentes:
Da esquerda para a direita, primeiro o Alferes Emanuel Fronteira,segundo Alferes Silva Pereira,terceiro o Alferes Augusto,quarto Capitão Ramires Promovido a Major,quinto Capitão Roby promovido a Major,sexto Alferes Palaio,sétimo Tenente Pesca do departamento (PAD)oficinas no Toto,oitavo Alferes da companhia 738 colocada no Lucunga,nono Alferes Terrinha Medico e décimo mais um Alferes da mesma companhia destacada no Lucunga.Há dois Alferes que não sei o nome pelo facto de só neste dia se terem aproximado dos respectivos colegas, e devido a sua distancia de algumas dezenas de kms.Como podem verificar as guerras do ultramar engoliam um grande numero significativo de jovens vindos da metrópole, e aqui é num espaço muito reduzido em comparação com toda a Angola...Entre oficiais milicianos e militares do quadro incluindo soldados aqui temos uma simples demonstração... Na despedida destes dois oficiais promovidos a major,é que foi feita esta foto no aeródromo do Toto.Estes dois oficiais que foram promovidos ao  posto de major,naturalmente que devido a sua continuação ao serviço do exercito hoje,provavelmente já estarão na reforma com um posto de coronel,ou brigadeiro...Quanto ao tenente pesca qual será hoje o seu posto?Será que estes oficiais ainda se encontram entre nós?Seria uma grande honra...

quarta-feira, 3 de março de 2010

Três Oficiais No Toto,Dois Alferes Milicianos e o Tenente Almeida Comandandante da Companhia 1494

Três Alferes Milicianos no Toto.

Oficiais Milicianos no Toto

Bem,como já tenho aqui publicado também existiam horas que custavam a ser ultrapassadas,e como na juventude de qualquer jovem aqui temos bem o exemplo de três oficiais milicianos fazendo do bidão ou (bidões)trampolim,e então o Alferes Miliciano Eleuterio que comandava o terceiro grupo de combate,homem alfacinha por ser de Lisboa,e que a mim me chamava pelo diminui de Ângelo,eu na boca deste oficial era o Ângelito, e por aqui se notava a afinidade para com os seus subordinados, e com muita pena minha voz digo este ex-oficial miliciano de Infantaria também faleceu há longos anos...Desde a nossa despedida do quartel de Abrantes pela ultima vez nunca mais nos tornamos a encontrar.
Ao olhar para as fotos da-me a crer que estas imagens nos mostra bem a amizade com que se relacionavam estes três oficiais, num momento que faziam exercício físico.
Anteriormente referi-me a dois ex-oficiais que se encontram na foto,o Alferes Emanuel Fronteira, o Alferes Tomé Macedo, e por ultimo o Alferes Eleuterio que está fazendo exercício entre os bidões.Apesar de serem oficiais não deixavam de ter os mesmos problemas que qualquer outro militar,notando-se a ausência daqueles que lhe eram queridos...Militares com um extraordinário brilhantismo na carreira e com a boa disposição nas formaturas,para com todos os militares,reinava sempre a boa disposição.