Américo Ângelo Disse:
Olá Joaquim,é com muita satisfação que vejo escrito algumas das tuas memórias de uma época que tanto nos marcou as nossas vidas.
Lembro-me dos teus problemas de saúde assim que regressastes de Ângola.Ensinaste-me a dar injecções em ti próprio para não te deslocares ao hospital do Fundão.Sendo nós quatro irmãos (duas raparigas e dois rapazes)e nós os mais novos,tivemos ambos a sina de alimentar a guerra do ultramar.Nunca esqueci o dia do meu embarque para a Guiné.Nunca quis revelar à família esse dia,pois não queria ninguém a sofrer numa despedida dessas.Mas tu soubestes e lá estavas em Alcântara juntamente com a nossa irmão Lurdes.Quando me abraçastes, na despedida,estavas a chorar.Era de ti que eu esperava uma força.mas não dissestes palavra.Eu que era Alferes dos Rângers,com uma preparação física e psíquica,acima do normal fiquei muito perturbado.As tuas lágrimas revelaram-me,antecipadamente,aquilo por que iria passar.Sabes do que falas,escrevendo.E ao falares e escreves das voz a muitos milhares que já a não têm,e a muitos milhares que por ti falam.Porque chora um homem?
quinta-feira, 13 de maio de 2010
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