domingo, 26 de dezembro de 2010

A CAMA DE UM MILITAR NO INGA

A cama de um militar no Inga.

Estas eram as camas dos militares nos aquartelamentos dentro das casernas um pouco por todo o norte de Angola,e aqui ainda nos dava-mos por ser razoavelmente bom!...Era sem duvida uma autentica prisão por que por estes lugares pernoitaram muitos jovens nesta tarefa tão difícil que foi um tanto privados de tudo o que nos fazia falta,desde a alimentação até a agua potável...Na retaguarda do posto de socorros dormia-mos os quatro socorrista que prestava-mos os primeiros socorros aos soldados da companhia de caçadores 1494.Bastante difícil foi estes momentos que por aqui pernoitamos sem qualquer culpa de responsabilidade.O medico mais próximos estava colocado no comando de sector no colonato do Vale de Lôge,e sempre que era necessário para la encaminhava-mos os doentes com situações mais complicadas,isto aproveitando sempre a próxima coluna de carros que de vez em quando era necessário esta deslocação.Num dos momentos de repouso.e aproveitando uma revista que veio de algures para ajudar alguns momentos de leitura...Longos foram os meses que nos mantivemos neste lugar contados os dias,as horas e os minutos e o tempo nunca mais chegava ao fim para nos vermos daqui para fora...E a comissão terminou até que fomos rendidos por outros...Enquanto uns partiam outros chegavam para os mesmos martírios...

Menina dos Olhos Tristes

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

terça-feira, 30 de novembro de 2010

SERRA DA CANANGA.O RELÒGIO PERDIDO

Esta serra era muito conhecida devido a sua situação geográfica,e devido a sua localização.Era sem duvida um santuário do inimigo.Disserto que era sem duvida,e foi muito conhecida devido aos militares que a patrulharam...Eu fui um desses militares que tive por bem dizer que a patrulhar acompanhando um dos meus grupos de combate da companhia de caçadores 1494.Depois de três dias decorridos nesta serra ,e no regresso dei por falta do meu relógio de pulso...Naquele tempo um cauny prima de marca suíça...Fiquei triste e no intervalo de repouso da caminhada,de alguns minutos pedi ao oficial que nos acompanhava para ir a procura dele...E o oficial que comandava a operação deu-me essa liberdade...Era o mesmo que procura-se uma agulha num palheiro...Não sei dizer já o nome do dito Alferes que nos dirigia!E pus-me a caminho...Vejam a loucura das forças de um jovem que nem tão-pouco medi o perigo que podia correr...Num cenário daqueles...Um jovem companheiro disponibilizou-se para me acompanhar na dita procura do meu relógio de estimação.Claro que só por milagre poderia encontra o relógio num zona de mata bastante densa.Andamos alguns bons metros de retrocesso a procura mas de nada me valeu...

sábado, 6 de novembro de 2010

OS PAIS QUE VIRAM PARTIR DOIS FILHOS PARA A GUERRA:

QUERIDOS PAIS O QUE SOFRESTENS PELA MINHA AUSÊNCIA NA GUERRA:

Sei que tinhas orgulho pelo facto de o vosso filho se encontrar a prestar serviço militar na província ultramarina de Angola,e como vos outros pais na mesma situação...Em vos existia sempre o receio de que qualquer coisa acontece-se de grave:O vosso filho partiu sem se tivesse tido tempo de voz abraçar,e o beijo de despedida foi muito rápido porque o comboio partiu e me deixou em terra...Mas ainda cheguei a tempo de ir ao encontro dos colegas que comigo durante dois anos fizeram parte da minha família.Fui dos últimos a chegar a unidade militar de Abrantes, e apenas tive tempo de me fardar a rigor e toca a andar com o batalhão rumo ao embarque que saíra de Lisboa...Para vos foi muito difícil ver partir o filho mais velho embarcar para a Guerra...Depois continuo o vosso sofrimento durante estes longos vinte e sete meses que nos separou...Vives-tens  todo este tempo com o coração em sobressalto porque a guerra era mesmo uma guerra a sério,e o inimigo só não nos a fuzilou porque não teve essa oportunidade,nem tão pouco,nos podia-mos distrair porque estava-mos sempre em alerta máxima...Durante todo esse tempo nunca me esqueci de voz,e sempre voz mantive informado,e ao corrente da minha situação.No meu, regresso,e da minha chegada a Lisboa recordo como se fosse hoje o abraço que vos dei...E vos depois de tanto sofrimento, orgulhosos do vosso filho de ter cumprido um dever em prol da nação...Outros tempos...

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

ALDEIA DO TELHADO CONCELHO DE FUNDÃO;UMA ALDEIA COM MUITOS EX-COMBATENTES

Aldeia do Telhado.

Foi nesta aldeia aqui na encosta da serra na cova da beira que desde de 1961 a 1974,deu muitos militares afim de prestarem serviço militar nas três frentes de batalha. Angola,Guiné,Moçambique,Timor;Índia,Macau,etc.As Mães,os Pais,e irmãos,namoradas enquanto eu por aqui permaneci dei contas de muitas vezes estarem sempre na expectativa que o correio chegasse com noticias dos seus ante-queridos que lá longe escreviam mais uma pagina da história Portuguesa...E foi uma aldeia que apesar da guerra sempre viu chegar os filhos que nela nasceram,felizmente diferente de algumas aldeia vizinhas...E foi deste lugar que a toda a pressa agarrei na farda e meti a caminho do regimento de infantaria,2 de Abrantes.Vinte e sete meses passados regressei de novo ao mesmo local com algumas mazelas de saúde mas sem qualquer gravidade...Felizmente chegaram sempre noticias dos seus filhos sem assunto de que pusesse a família em sobressalto...Uma aldeia,e famílias com sorte dos seus filhos que honraram a sua Pátria e a sua terra...Foi o exemplo da guerra colonial...

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Zona de Palmeiras Nos Arredores do Aquartelamento do TOTO:

O Furriel Mecanico.Oliveira.

Foi logo no inicio da nossa comissão,poucos meses de estadia no aquartelamento no (TOTO)que este graduado saiu numa noite com uma viatura ligeira,mais quatro militares da sua secção ligados a mecânica,e como era noite,e a pratica de guerra fraca o inesperado aconteceu...Foi próximo deste palmeiral na picada que vai do Toto para o (BEMBE) e ao aperceberam-se de qualquer coisa de estranho saltaram da viatura e sem se aperceberam por qualquer motivo inesperado o furriel Oliveira foi atingido por um projecto perfurante num dos membros inferiores...Projecte de arma ligeira.Para tudo na vida é preciso experiência,e as coisas depois de termos conhecimento fazem-se com uma das maiores facilidades...E aqui disserto foi falta de tarimba para que fosse evitado este acidente com esta gravidade...De imediato o furriel foi evacuado para o hospital e nunca mais ninguém lhe poje a vista em cima...Para este militar a campanha de África terminou aqui...Este foi o primeiro militar do Batalhão de caçadores 1875 a ser evacuado para a metrópole.Em sua substituição ficou o cabo mecânico de nome José,e o cabo mecânico Armando,e mais os dois soldado mecânicos que este era o grupo ligado a ferrugem..Ferrugem mecânica...Os dois últimos nomes um de nome João Tralha de Alenquer,e o Vitinho.O João de Alenquer foi um dos organizadores de um dos encontros de há três anos a esta parte...Este ano creio que o novo encontro vai ser na zona da Cidade de Tomar.Este bairro de palmeiras que vêem na foto ficava próximo do aquartelamento militar do Toto,e nas redondezas do aeródromo do mesmo nome.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Mulher do Interior de Angola

Mulheres de Angola.

Estas eram as mulheres de Angola que no ano de 1966 a 1968 nos procuravam no posto medico afim de lhes ser prestado alguns cuidados de saúde sempre que encontravam doentes por qualquer motivo...Mas não vá pensar o leitor deste blog que vinham assim nuas da cintura para cima...Pelo contrário sempre com um bom bocado de tecido enrolado ao corpo e com os filhos dependurados as costas.Estas mulheres que trabalhavam nas lavras afim de tirarem algum sustento para se alimentarem tanto a elas como as suas famílias...Lavra é um espaço de terrenos igual aquilo que nos Europeus chamamos horta.Nestas lavras semeavam mandioca ,amendoim,bata doce,milho,feijão etc.Daí provinha os seu sustento,embora fraco mas era assim as mulheres de Angola.Entre o militares Portugueses e os guerrilheiros sempre em sobressalto no cultivo das terras afim de tirar o sustento para toda a família.
Com uma canastra a cabeça afim de transportar os géneros que tinham conseguido do seu esforço...Rendimento de um trabalho feito debaixo de um sol abrasador,e outras vezes de chuva conforme a época do ano.Hoje o mesmo sistema continuará com pouca alteração devido ao pouco desenvolvimento do interior do País.Perante tantas alterações os povos são sempre aqueles que mais chofrem,perante as injustiças dos maus governos.Seja em ditaduras ou em democracias estes são sempre os primeiros a tirar em proveito deles...

sábado, 2 de outubro de 2010

O Silencio dos Mortos e o grito dos Vivos,e a todos os militares que faleceram na guerra, aqui lhes presto o meu tributo de homenagem.

Mais um Embarque de Tropas.

Embarque de Tropas para Angola.

Geralmente os embarques de tropas para toda a África, na verdade era sempre assim,com mais lágrimas ou menos lágrimas mas na verdade era isto mesmo,e por este terreiro correram rios de lágrimas das mães,e dos pais,e dos irmãs,das namoradas que viam os seus queridos jovens embarcar para as frentes de batalha que corriam praticamente em todos os cantos das províncias ultramarinas.Dos que iam ficando para traz acenando com lenços brancos aqueles que se iam afastando de Lisboa,e de suas terras,e aos poucos se iam mergulhando nas aguas dos atlânticos até chegar a África.Estas viagens na melhor das hipótese demoravam pelo sim pelo não seguramente entre os dez e doze dias até chegar ao destino conforme a Província.Na verdade este era o destino dos jovens daquela época preparados para um sofrimento logo a partida de Lisboa.E para não criar tanta dor aos seus familiares na despedida ate os desfiles militares foram reduzido,e fardados com traje de passeio,e não os respectivos fardamento de combate.Centenas de milhares embarcaram neste local que muitas lágrimas correram pelas faces de muitos ante-queridos daqueles que lá longe levantaram bem alto o nome de Portugal,e honraram a sua bandeira,e a sua Pátria.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Comandos de Angola Tropa de Elite, Furriel Miliciano.

Comandos de Angola.

Este militar que eu conheci como civil em Angola e que brincamos juntos na aldeia do Telhado até determinada época,e depois emigrou para o referido Pais que foi  Angola Luanda,e logo que eu cheguei a este País como militar em Janeiro de 1966,e logo que soube da minha chegada ao campo militar do Grafaníl nos arredores de Luanda logo de seguida se preocupou em ir a minha procura...Meu primo direito filho de irmãos,a mãe dele irmão da minha embora a minha já tenha falecido em 1976 e a dele felizmente ainda permanece entre nós,e de muito que nos sentimos nos continuamos a ver com uma certa assiduidade sempre que nos deslocamos a terra.

Militar que foi de operações especiais comandos tropa formada em, Angola com o posto de furriel miliciano e que no momento do meu regresso a Metrópole ainda continuava a servir no exercito Português em terras de África.E como este outros mais passaram pelas tropas do exercito,incluindo naturalmente cidadãos de cor,e que muitos deles estavam colocados em unidades de militares da Metrópole.Sempre se partilhou uma relação de bom entendimento entre membros tropas de África como com os militares que lá permaneciam oriundos da Metrópole.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Pistola Walter ao Serviço do Exercito.

Pistola Walter.

Esta pequena relíquia a qual estimei com muito carinho durante a minha estadia como militar em Angola durante a guerra colonial,foi sem duvida uma amiga que me fez companhia em todos os momentos, e que me serviu de travesseiro durante as longas noites em toda a campanha de África.Nos bons e maus momentos esteve sempre abraçada a minha cintura,e era nela que também depositava alguma esperança caso que tivesse de utilizar...Uma companheira que mesmo dormindo dentro do quartel se manteve sempre juntinha a cabeceira da cama,e aos meus sonhos, com se fosse minha namorada.Outros militares se fizeram acompanhar de armas com um poder de fogo mais potente mas para mim bastou-me esta simples e que na verdade nunca soube as suas qualidade de fogo real.Nunca fiz qualquer disparo com ela, sinal de que as coisas nesta aérea correram de extrema bravura.Foram muitos dias e muitas noites que se disponibilizou para me acompanhar.Fiel ao seu ideal para que fora destinada.Esta no momento encontra-se a nu mas, sempre devidamente metida numa bolsa de cabedal...Não foi esta que utilizei mas simplesmente uma outra irmão desta, com uma prova de fogo curto,e com bala derrubante pelo facto de ser menuciada com bala de 9 mm,e com dois carregadores.
Adaptada pelas forças armadas Portuguesas desde de 1961 até há alguns anos,e considerada como pistola padrão ao serviço do exercito Português.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Na Guerra Sonhei Com uma Senhora Vestida de Manto Branco.

Lá Longe Sonhei.

Senhora da Rosa,um dia lá longe sonhei,em noite escura rodeado de mato denso e matas serradas,e armas apontadas a mim, sonhei...Sonhei com uma senhora vestida com um manto branco rezando por mim,e pelos meus companheiros de caminhada,e ao acordar levantei os olhos em direcção ao céu e rezei...

Rezei e continuei com a mesma devoção pedindo a senhora!

Fazei-me companhia neste mundo que nos persegue e do mal que nos rodeia.
Senhora eu gosto de ti com se minha mãe fosses,mas tendes que me acompanhar pelos menos nesta tão difícil tarefa,e peço-vos que nunca me abandones neste mundo que não conheço,e alguém que me persegue e pretende eliminar...Apesar de não estar sozinho somos poucos para um espaço tão grande.
Depois do meu regresso prometo que ti agradecerei e rezarei as teus pés,curvado perante a vossa imagem!
Rezarei em sinal de agradecimento.
Espero o vosso amor...E fui agradecido pela vossa bênção,porque acreditei em voz.
Regressei e aos teus pés fui rezar em sinal do que fizestes por mim,e em sinal de agradecimento continuarei a rezar a teus pés,porque nos momentos difíceis não me abandonastes.
Obrigada senhora...
Estarei presente perante a vossa imagem,
sempre que o tempo me permita.
Uma vez mais obrigada senhora,que bastantes me ajudastes nos momentos de incerteza...

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Aplicação de Uma Injecção Intravenosa.

Assistência na Doênça aos Militares em Campanha.

Em pleno aquartelamento,no (INGA)local onde permaneceu a companhia de caçadores 1493,e que veio ser rendida pela companhia de caçadores 1494,da qual eu fiz parte,e a partir dos dezassete meses de permanência foi um alivio de sofrimento para estes militares com quatro baixas,de militares,dois mortos em combate e dois mortos de acidente de viação.
Já o referi aqui no início das minhas memórias,e nesse momento o médico mais próximo encontrava-se a uma considerada distância,de algumas dezenas de Kms,na companhia de comando (CCS)no colonato Vale de Loge.O militar em causa de especialidade de condutor auto que no momento estava a ser medicado pelo Enfermeiro de serviço Ângelo,na aplicação de uma injecção intravenosa porque aparentava sintomas de fragilidade física,moral,incluindo outros sintomas.O militar mais graduado neste posto de socorros, na altura com o posto de Furriel Miliciano Enfermeiro e de seguida os dois cabos com a mesma especialidade de enfermagem disponibilizavam todos os seu conhecimentos para prestar assistência a uma companhia de cerca de cento e sessenta militares.Aqui neste momento,o Enfermeiro de nome Ângelo,não se poupava a esforços,afim de prestar mais os seus conhecimentos dando uma injecção intravenosa num dos militares que mostrava a sua fragilidade.Muitos casos por aqui iam aparecendo relacionados com várias doenças desde hepatites,diarreias,e paludismo,e mesmo doenças,extremamente conhecidas e familiar com o clima de África.Na mesma foto,temos bem visível o atrelado de primeiros socorros que possuía quatro caixas de material para primeiros socorros caso fossem necessitados em campanha.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Noiva de Angola Ornamentada Nos Anos de 1963.

A Noiva

Nunca existiu a oportunidade,durante a minha estadia como militar em terras de Angola assistir a casamentos de noivos deste Pais,e como alguém me foi deveras gentil em me oferecer estas fotos de jovens de Angola também não pretendia que estas mensagens ficassem no rol do esquecimento,ou que viessem a ganhar blor no fundo do meu baú...Esta a razão porque continuo fazendo algumas mensagens relacionadas com este povo que por muitos anos se encontrou sob o domínio da governação Portuguesa.Hoje ciente que os costumes destas pessoas se irão alterando,e modernizando conforte os tempos que correm.
Jovens bonitas que repovoavam estas terras maravilhosas de Angola e que muitas delas muito bem conheceram os Portugueses devido ao acontecimentos dos anos que este povo sofreu com a nossa presença em África.Naturalmente que nos dias de hoje seriamos vistos de uma maneira um pouco diferente.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Lucunga Anos Sessenta

Lucunga Éra Aqui Mesmo...

Quantos militares por aqui permaneceram durante treze anos de guerra?...Disserto que ninguém me saberá dar uma resposta no concreto.Tanto sofrimento na nossa querida juventude,que quase ninguém atribui-o o justo valor dos maiores e gloriosos militares Portugueses que pisaram por ironia dos destino estas maravilhosa terra que é Angola...Não ficamos de mal com os Angolanos mas revoltados com a situação que nos empurrou para uma guerra que não se justificava...Consciente do que fiz de bem por Angola e pelo auxilio que dediquei em benefício dos mais desprotegidos,deste povo hoje ciente da minha memória,naturalmente que presentemente faria o mesmo sem qualquer arrependimento para ajudar este povo que continua com carências de bens essenciais de toda a ordem...Alimentação,assistência médica,habitação etc.etc.Não só fizemos a guerra como convivemos com pessoas de outros costumes,diferentes dos nossos,e aprendemos muito com pessoas humildes e de um simbolismo generoso.Era assim o povo de Angola...E muitos ex-militares poderão dizer o mesmo de mim...Quem permaneceu nestes lugares de terras de ninguém sabe os costumes de um povo humilde...Esta era uma das povoações no interior no norte de Angola...

segunda-feira, 26 de julho de 2010

A Leitura na Guerra.

O Sofá Cama.

Este colchão de ar,era do Alferes Rui Borges,e na retaguarda aonde me encontro sentado temos a habitação do oficial que sem qualquer distinção era igual para todos os militares,em campanha,estas habitações davam para albergar  pelo menos dois militares...E na guerra no norte de Angola éramos todos iguais,e quando havia a possibilidade de se fazer a montagem de uma tenda com estas condições já evitava que nos caísse a humidade ou a chuva da noite em cima do corpo,mas sempre que chovia não evitava que a água nos viesse entrar pelo chão da mesma a qualquer momento,e para aqueles que não eram portadores do respectivo colchão,disserto que iam sentir a humidade no corpo.Mas estas condições nem sempre eram possíveis mas tudo dependia...

Aproveitando a ausência do oficial,beneficiei deste momento para por a leitura em dia sentado no sofá que pertencia ao oficial de serviço,assim com o livro que estava a ler era do mesmo militar,munido da maquina fotográfica aproveitou para fazer mais uma foto para o alvo.
Nestas andanças era raro quem possuísse destas maquinas para se vir a demonstrar no futuro aquilo que nunca imaginamos que pudéssemos vir a publicar,e entre tantos homens apenas permaneciam duas objectivas...

quinta-feira, 22 de julho de 2010

sexta-feira, 9 de julho de 2010

O Emfermeiro de Serviço no Posto de Socorros.

Secretária do Medico.

Por este posto de socorros passaram alguns médicos ligados a medicina geral,e já no nosso tempo o Dr Alonso esteve um mês em Luanda a fazer um estágio de estomatologia,e aqui depois,também se passou a praticar o tratamento dos dentes assim como a extracção daqueles que já não se conseguia a recuperação.
Num dos lados sendo o meu lado esquerdo da foto havia um espaço aonde existia quatro camas para doentes que necessitassem de internamento,e também as estantes dos medicamentos,e neste preciso local assisti a alguns contratempos mais desagradáveis,e dois ficou-me na mente para toda a vida...Um civil colono que teve um acidente que ficou debaixo de um tractor que lhe provocou hemorragia, interna e que acabou por vir a falecer...Quando nos apercebermos que existia hemorragia interna foi no momento que nos apercebemos a sangrar pelo pénis.Outro elemento foi um militar da base do Toto que escapou por uns segundos ao ser mordido por uma cobra venenosa...Quando nos apercebemos o militar espumava por todos os lados...Vi o militar a lutar pela própria vida,quando o médico,Dr Alonso lhe aplica o tratamento logo deu sinal de melhoras, devido, ao efeito do medicamento...Vi o militar nos últimos momentos da sua vida,mas o tratamento foi deveras eficaz, e o jovem acabou por recuperar lentamente.
Ainda a historia da macaca que vinha ao nosso posto de socorros a procura de vitaminas...A macaca que o cabo cozinheiro tinha como animal de estimação de vez em quando fazia-nos a surpresa e agarrava as caixas das vitaminas querendo consumi-las a qualquer preço.Historias de vida que por nós passaram...

sexta-feira, 2 de julho de 2010

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Um Grupo de Militares Debaixo de Uma Palmeira.

Acordar em Sobressalto.

Na picada em sobressalto:Foi depois de algum tempo de caminharmos que a noite rapidamente caio sobre as nossas cabeças,e caminhar durante a noite se tornava demasiado perigoso, a ordem do oficial que comandava o grupo de combate,deu voz,é aqui que vamos pernoitar.Não houve hipótese de escolher,de um lugar melhor...Numa ligeira inclinação,mesmo no centro da picada ou caminho,para quem desconhece o nome de picada,o grupo fez uma circunferência e cada secção organizou a escala dos seus militares para a sentinela de vigia.Três ou quatro militares de sentinela pela noite dentro...

As tantas da noite,quando tentamos repoisar de um longo cansaço rebentou a granada...Foi um dos sentinelas que ao se aperceber,que qualquer coisa de anormal,mexia frente dele,e só teve tempo de puxar por uma granada tirar a cavilha da mesma,e lançar para esse local donde tinha vindo qualquer sinal de suspeito...O militar,não teve tempo de utilizar a arma e fazer fogo.Calculem o estrondo que se fez sentir pela noite dentro...Toda a gente acordou em sobressalto.E passando a palavra em voz baixa entre todos,que aconteceu?Alguma peça de caça que naquele momento passara por ali,porque não encontramos vestígios de qualquer coisa de suspeito...Ou foi o militar que com o desconforto da noite nos quis por a todos de sentinela,e foi isso que aconteceu...

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Morte em Angola.Ano de 1961.

Início da Guerra em Angola.

Decorria o mês de Março do ano de 1961,e a guerra em Angola principiava assim da maneira mais trágica que poderia-mos imaginar,e os governantes de então principiaram logo com a palavra de moralizar o povo Português...Para Angola rapidamente e em força,e nessa altura tinha eu os meus dezasseis anos e nunca imaginei que fosse durar até ao limite dos meus vinte anos,e sempre pensei e moralizado quando eu chega-se a esta bonita idade o problema de Angola, assim como na Guiné, e Moçambique,estaria toda a situação resolvida...Pois bem me enganei nas minhas contas de matemática, e esta situação acabou por durar ate ao ano de 1974.O inicio foi assim, e o regime de então já eram fartos em propaganda de que o terrorismo tinha rebentado no norte de Angola, e que mais tarde se veio  alastrar um pouco por quase todo o território...Esta imagem, é apenas uma pequena amostra de como eram os trabalhadores conhecidos por bailundos deslocados do sul,para norte,e que trabalhavam arduamente nas rochas de café, e nas fazendas,que muitos foram assassinados barbaramente,assim como muitos dos colonos brancos, e que justificou a presenta da tropa Portuguesa espalhada por todo o território.Angola não sofreu a invasão porque os próprios Angolanos  revoltados com a própria situação,e da maneira como eram explorados,e sujeitos as maiores provocações dentro do seu próprio País,deram o início a revolta, a que se julgavam dentro desse direito...

domingo, 6 de junho de 2010

Triste Sorte.Viatura do Exercito

Carros de Guerra Divididos Entre as Duas Margens do Rio.

Na guerra no norte de Angola,já havia a necessidade de carros para todo tipo de terreno,mas para passar circuitos de água é que estas viaturas não estavam preparadas,e a surpresa nascia de baixo dos pés,e a qualquer momento os imprevistos espreitavam em qualquer lugar.
E agora pergunto por que motivo tivemos que atravessar este rio com um carro deste género,e com os seus tripulantes em cima?Era fundamental agir rapidamente e bem depressa a maneira de nos afastarmos dos obstáculos antes que as coisa piorassem.Para traz ficaram alguns dias de cansaço e de muito esforço e como é natural, desertos de chegar ao aquartelamento afim de tomarmos uma refeição de cozinha...
É uma viatura unimógue carro dos que geralmente eram utilizados para longas deslocações mas não próprias para este tipo de rio.Algumas viaturas ainda conseguiram ultrapassar o obstáculo mas as ultimas obrigaram-nos a permanecer mais algum tempo neste local pouco apetitoso.Um grupo de combate dividido entre as duas margens do rio devido a forte tempestade que se abateu sobre nos, e que em poucos minutos nós dividido entre as duas margens de um pequeno vale.Eu também permanecia por ali...Depois do nosso regresso a Metrópole e em especial da nossa despedida de Abrantes só continuei a ver o Caldas até há meia dúzia de anos,a esta parte.e deste grupo de militares na altura,recordo-me apenas do nome de três deles.O Sousa condutor da viatura, o Fernando,e o Caldas...

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Militar Operacional em Cima e uma Viatura com Metralhadora Breda.

Militar Operacional.

 Um militar na guerra...Este militar era conhecido pelo Sinai-te,e não faço a mínima ideia deste alcunha,mas era assim conhecido pelos camaradas de armas da companhia de caçadores 1494,e do quarto grupo de combate,e aqui nesta imagem mostra a preparação para mais uma saída para algures no note de Angola.
Agarrado a metralhadora (BREDA)colocada num tripé fixo em cima de uma viatura uni-mogue,e arma pesada e o tipo de carregamento,sistema de laminas ou pente sendo preciso dois militares para a por em funcionamento:Um operacional com essa formação,e um outro para municionar .Faz uma prova de fogo extraordinária,não me recordo de momento quantos tiros dá por minuto,apenas digo que por donde passam os projectos da mesma faz um estrago de terror...Em principio dois militares para tirar o rendimento que nos poderia dar,com a maior capacidade de fogo real...Em todas as colunas,geralmente duas viaturas,supostamente transportavam duas armas deste calibre,e também mais uma outra arma extraordinária conhecida pelo nome de (BAZUCA)que era carregada com uma potente granada,e no local aonde caía fazia um estrago de considerável ...Esta ultima arma de que falo,assim como o morteiro fazia fogo curvo.
Este militar o Sinai-te mostra bem a operacionalidade que os militares desenvolviam nas operacionalidades em Angola:Com todos este aparato de material de combate podem verificar agarrado ao cinto que têm junto da cintura quatro carregadores para alimentar a Arma Ligeira (G-3,e ainda duas granadas de mão.O para peito que temos no tripé era para evitar que o fogo do inimigo atingiste o operacional que utilizava a arma...

sábado, 15 de maio de 2010

Troca de Conrespondência Entre Irmãos que Alimentaram a Mesma Guerra.

Dois Irmâos Alimentaram a Mesma Guerra.

Joaquim Ângelo disse: Irmão Américo Ângelo,sabendo eu,depois do meu regresso de Angola e pelo que tinha passado durante vinte e sete meses metido no coração de uma guerra e com a responsabilidade de cuidar de uma companhia de jovens soldados na aérea da saúde e com poucos conhecimentos de vida...No dia do teu embarque para a Guiné não tive coragem de te dirigir palavra porque tinha a certeza que não ias ter a vida fácil,e com a responsabilidade que tinhas em cima dos ombros como Alferes Rangers, terias muitos momentos de decidir determinadas situações para as quais nem tempo havia para pensar. E como resposta chorei...Foi a maneira que o meu pensamento ditou...Chorei porque foi difícil,ver partir um irmão para a guerra,depois do que sofri com ela...No momento da tua partida tudo me veio a memória...
Fizemos o melhor que sabíamos na inocência da nossa juventude.Finalmente terminou o (Vietnam Português), graças a um grupo de oficiais cansados das injustiças.Calculas o sofrimento que os nossos Pais tiveram!Logo que regressou um filho da guerra,e logo de seguida embarcou o filho mais novo.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Alferes Miliciano Rangers Americo Ângelo Responde ao Irmão.

Dois Irmãos o Mesmo Destino

Américo Ângelo Disse:
Olá Joaquim,é com muita satisfação que vejo escrito algumas das  tuas memórias de uma época que tanto nos marcou as nossas vidas.
Lembro-me dos teus problemas de saúde assim que regressastes de Ângola.Ensinaste-me a dar injecções em ti próprio para não te deslocares ao hospital do Fundão.Sendo nós quatro irmãos (duas raparigas e dois rapazes)e nós os mais novos,tivemos ambos a sina de alimentar a guerra do ultramar.Nunca esqueci o dia do meu embarque para a Guiné.Nunca quis revelar à família esse dia,pois não queria ninguém a sofrer numa despedida dessas.Mas tu soubestes e lá estavas em Alcântara juntamente com a nossa irmão Lurdes.Quando me abraçastes, na despedida,estavas a chorar.Era de ti que eu esperava uma força.mas não dissestes palavra.Eu que era Alferes dos Rângers,com uma preparação física e psíquica,acima do normal fiquei muito perturbado.As tuas lágrimas revelaram-me,antecipadamente,aquilo por que iria passar.Sabes do que falas,escrevendo.E ao falares e escreves das voz a muitos milhares que já a não têm,e a muitos milhares que por ti falam.Porque chora um homem?

terça-feira, 11 de maio de 2010

Eu Estava Lá

Eu Estava Lá.

Eu estava lá...Eu estive presente como tantos outros camaradas de armas...Aqui mais um interrupto no regresso de mais uma operação igual a tantas outras!Quando pretendemos voltar ao quartel de-pá-ramo-nos com mais estes obstáculos e aqui foi mais um caso parecido como tantos outros...Depois de mais alguns dias de emboscada no rio Mabridg no tempo das chuvas eis o que nos acontece...Havia sempre inconvenientes a nossa espera,e aqui este transtorno,e eventualmente tivemos que rebocar as viaturas que se iam enterrando na lama...Estes eram os elementos do quarto grupo de combate do Alferes Rui Borges,e ele naturalmente aproveitou este momento para fazer mais uma foto para o alvo.Iniciativa minha pegar no guincho da viatura,corda de acho para podermos ultrapassar este obstáculo,porque a viatura ficou atas-cá-dos  até aos eixos...Ideias para continuarmos viagem até ao nosso destino.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Continuação do Convivio de Natal do ano de 1966.

Continuação do convivio de Natal .

A continuação do convívio de natal do ano de 1966,esta foto mostra algumas imagens de,elementos militares estacionados no Toto,e como por exemplo o Alferes Rui Borges dando alguns toques na viola...Na retaguarda deste oficial está sentado o Furriel Miliciano Braga,por ser de Braga e conhecido durante o tempo de toda a comissão por este nome até aos dias de hoje.também o Furriel miliciano Aguiar ,e há mais dois elementos que de momento já não me recordo o nome porque eram dois Furrieis milicianos ligados a Itendência  ou ao pelotão do(PAD),e de costa para a foto temos ainda o Alferes Miliciano Emanuel.

domingo, 2 de maio de 2010

O Amor na Guerra

Alferes Miliciano Emanuel Acompanhado

Alferes Miliciano Emanuel

O Alferes miliciano Emanuel num dos momentos de passeio pelos arredores do Toto com alguém na sua companhia que lhe seria extremamente querido, nesta andanças da guerra, nada melhor do que ter uma pessoa de família  por perto para nos ajudar a mudar de ambiente e rumo,e para nos ajudar a fortalecer a moral. Em ambas as fotos têm o privilégio de encontra um enorme tronco de árvore caído no chão que dá para fazer de encosto devido ao cansaço da caminhada.Fardado a rigor com o fato de operacional que geralmente usava-mos sempre nas saídas de campanha.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Firmes no Dever e na Honra

Tenente Coronel Julio dos Santos Batel,e Doutor Bento Soares.

Tenente Coronel.

Este ilustre Senhor já falecido em 17 de Abril do ano de 2004,segundo informação de um familiar seu Júlio dos Santos Batel,comandante do Batalhão de caçadores 1875,e de um bom grupo de militares,e comandante de um determinado sector no norte de Angola (ZIN).Quando pela primeira vez que eu apareci neste batalhão já era noite,e como devem de calcular só conhecia um rapaz que comigo fez o curso e da companhia de caçadores 1493.Bem mas um jovem militar tinha que saber conviver no meio desta tropa entre militares e graduados...Não vou repetir aquilo que já descrevi no principio do meu blog,mas quanto a hora de embarque em Lisboa já me encontrava dentro do navio para seguir viagem rumo a Angola e oiço chamar pelo meu nome ao microfone do barco...Pensei para com os meus botões fui desmobilizado na ultima da hora...Puro engano!Desci do barco e ainda fui ao posto medico levar uma vacina que não podia embarcar sem a respectiva,contra a doença do sonho.Quanto ao nosso comandante fiz a guerra e praticamente cabe-me aqui dizer que nunca o vi próximo de mim,e na altura não era fácil um militar de baixa patente estar próximo de um graduado com este estatuto, muito embora a distância de Kms que nos separava...Sem duvida que já o conheci melhor no convívio no dia oito de Maio do ano de 1999,em Ovar.O senhor Tenente Coronel neste convívio já de si mostrava um pouco de cansaço devido ao seu estado de saúde. E esta foto foi aproveitada de um vídeo do mesmo convívio, por isso a razão de fraca qualidade,e ao seu lado temos o medico Doutor Bento Soares.Ao nosso comandante,Deus o tenha no melhor lugar do céu...

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Mais um Convivio Anual.

Convivio do Batalhão de Caçadores 1875.

O batalhão de Caçadores 1875,depois de quarenta e dois anos de regresso de Angola do ano de 1968,vai uma vez mais organizar o seu convívio anual no dia oito de Maio do ano de 2010 sábado na localidade de São Pedro de Rates, muito próximo da Povoa de Varzim,sobre a orientação de Manuel Azevedo da Silva Ferreira e o contacto é,tel.252-951321 ou telemóvel 91497541,ou então,Joaquim da Silva Vieira Telefone,249313688 cidade de Tomar.O ponto de encontro será junto ao Mosteiro da Vila (Igreja Românica) a partir das das 11 horas.O almoço será as 12:30 horas no salão da Associação de Amizade de S. Pedro de Rates.As marcações são aceites até ao dia 25 de Abril.Segundo informação da organização há lugares de parqueamento para todos, em abundância.Se fizestes parte desta guerra,e na sombra desta bandeira comparece...E esta unidade foi mais um dos melhores batalhões que passou pelo norte de Angola.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Convivio de Natal do Ano de 1966

Natal do Ano de 1966

O mítico militar Mouraria com os seus gestos de actor tentando despertar a atenção das pessoas que se encontravam presentes no convívio.Não sei o motivo mas conseguiu penetrar perante este, lugar na messe dos oficiais,e como digo quanto ao contacto com estas pessoas de elite tudo se torna mais fácil..Sem duvida que o militar Mouraria atraiu a atenção das pessoas com os seus dotes...Até o Capitão Almeida está com o braço estendido com uma garrafa na mão oferecendo ao actor,como quem diz molha lá a garganta que já está seca de tanto representar.A verdade é que conseguiu por toda esta gente a rir,num ambiente de festa.

Muitas caras conhecidas entre oficiais e sargentos,mas desta vez  não vou repetir os nomes que já descrevi nos anteriores textos.O ambiente estava extraordinário,em quantos outros militares continuavam patrulhando nas matas...Esta era a nossa guerra...O mundo é isto mesmo: Enquanto uns cantam outros choram...E por estas extraordinárias fotos,vêm no intuito de justificar tudo aquilo que eu tenho escrito aqui no meu blog referente ao capitão,e oficiais da companhia,incluindo o grupo de sargentos.Acima de tudo reinava a camaradagem...

sexta-feira, 9 de abril de 2010

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Convivio na Guerra.Natal do Ano de 1966.

Desculpar-me-ao aqueles que não consigo identificar,principalmente as ilustres senhoras esposas dos oficiais e dos sargentos,e que se fizeram acompanhar na guerra na companhia dos seus  maridos...E nesta foto temos de frente da direita para a esquerda a esposa do Alferes Miliciano Ferrajota,e como homens temos o Tenente miliciano Duarte Reboredo e Melo Sampaio Alônso, medico da companhia de caçadores 1494,com o qual trabalhamos directamente durante dezassete meses no Toto,e a seu lado sua esposa,terceiro o Capitão Almeida Comandante da Companhia de caçadores 1494,as outras duas senhoras não as conheci, mas ao lado do Tenente Pesca do Pad,é a sua esposa e na mesma foto os membros que se encontram de costas distingo o Alferes Rui Borges,Alferes Emanuel,um civil,e ao lado direito Alferes Eleuterio.Este foi sem duvida um dos momentos mais agradáveis que se passaram nesta vida de militar,e felizes aqueles que de perto tiveram a oportunidade de ter junto de si as  queridas esposas, compartilhando este tempo de missão com aqueles que amavam...Em redor do quartel existiam habitações ligadas a comunidade civil aonde estes senhores residiam, assim como um pequeno posto de atendimento de correios,e uma casa comercial de um civil conhecido pelo senhor Cide...

terça-feira, 6 de abril de 2010

Monumento da Companhia de Caçadores 1495.Lucunga.

Monumento da Companhia e Caçadores 1495.

Ciente de que um pouco por todo o território angolano ficou muito da nossa história!História de militares Portugueses,que enriqueceram e construíram muitos monumentos com os respectivos dizeres das unidades a que pertenceram.
Mas penso que com o desenrolar dos acontecimentos depois da independência, e da retirada das tropas Portuguesas gerou-se uma guerra civil de tal maneira que muito deste património foi danificado em questão de ajuste de contas...Lamentavelmente rasgou-se parte da historia dos Portugueses e dos Angolanos...Rara foi a unidade que não fez uma obra destas no local aonde permaneceu durante a sua comissão...A história perdeu-se bastante, e hoje para benefício dos dois povos eram bom que se olhassem de frente.E que o digam os Angolanos,essencialmente aqueles que tem assexo a estas mensagens...Quatro militares fardados com farda de campanha,junto ao seu monumento na localidade do Lucunga.

sábado, 3 de abril de 2010

Uma Parte da Cidade de Luanda.

Bonita Cidade de Luanda.

Por esta bonita e maravilhosa cidade de Luanda,pouco conheço,porque por aqui era local de passagem de todos os militares que chegavam da metrópole e dos que partiam para a metrópole,e um dos momentos mais felizes da minha, vida foi no regresso do norte de Angola, e aqui nesta magnifica cidade passei poucos dias instalado na pensão arcádia a espera de embarque para regressar a Lisboa:

E num dos dias a noite fui jantar com os amigos do respectivo grupo a um restaurante,e a ementa foi batata frita com bife,e cerveja,e cabe-me dizer que foi uma das melhores refeições que eu comi com gosto,e com prazer...Dá a impressão que vinha-mos cheios de saudades daquilo que nos dava prazer...

Quantos milhares de militares, e Portugueses passaram por esta cidade?
Recordo-me numa bela tarde de Luanda estava eu sentado numa esplanada de um café escrevendo para os meus pais,espero embarque de regresso a Lisboa,e neste momento estou a ver o navio que nos vai transportar de regresso a casa... Até breve...

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Primeiro Natal de 1966 na Guerra.

Natal de 1966.

Este primeiro Natal de todos os militares da companhia de caçadores 1494,entre eles destaco este grupo de soldados em plena festa de Natal, com o cenário rodeado de ramos de palmeiras no palco preparado para o efeito.
Dando início a leitura das fotos descrevo da esquerda para a direita sentado na mesa ,o alferes miliciano Tome Macedo,segundo seguindo pela mesma ordem,alferes miliciano Eleuterio,terceiro um civil que morava nas redondezas do  quartel do Toto,quarto alferes Emanuel Fronteira,quinto alferes miliciano Rui Borges,e no lado direito com visão insuficiente Capitão Almeida,e, comandante da companhia de caçadores 1494,e mais alguns elementos que não me é fácil de descrever...No lado esquerdo em pé o militar de alcunha Mouraria que andava a rondar as mesas com a suas habituais conversas na expectativa de qualquer coisa...Talvez querendo ganhar a oferta de uma cerveja nocal ou uma cuca...

Na retaguarda destes militares graduados, entre oficiais,e sargentos havia a continuação da festa com outros militares de baixa patente...O cenário da festa estava sem duvida bem montado...Este foi sem duvida o primeiro natal longe de toda a família,e em cenário de guerra...

quarta-feira, 31 de março de 2010

Emblema da Companhia de Caçadores 1495.

3ª Secção do Primeiro Grupo de Combate da Comp.de Caçadores 1495.no Lucunga.

Seccção de Combate.

Do Furriel Jorge Isidoro recebi este magnifico emblema da companhia de caçadores 1495 representando a corneta,emblema de caçadores,e duas armas ligeiras (G 3)sobrepostas em cruz,e o respectivo capacete.Terceira secção do primeiro grupo de combate,e este grupo de militares ciente de que era a secção que o furriel Isidoro que comandava nos bons e maus momentos.Cada grupo de combate era composto por quatro secções,que na sua totalidade eram quase trinta militares,e comandada por um oficial de patente Alferes.E na minha maneira de ver por aqui já havia muita imaginação nas memórias deste militares, porque o respectivo emblema é engenharia de militares...

terça-feira, 30 de março de 2010

Furriel Miliciano Jorge Isidoro

No Grafanil Luanda.

Este operacional é o Furriel Miliciano Jorge Isidoro da Companhia de Caçadores 1495 que foi colocada no Lucunga e comandada pelo Capitão Matos.Ligado ao primeiro grupo de combate,e ainda no Grafanil em Luanda,preparando-se para dar inicio aos dois anos de comissão no interior de Angola,e colocado no Lucunga,(ZIN).Operacional como todos os nossos camaradas de armas,e munido com uma pistola metralhadora Uzite de fabrico Israelita, e equipado com equipamento aligeirado.A mim na altura foi-me distribuída uma pistola metralhadora (FBP),e que mais tarde vim trocar pela pistola (VALTER).e que me acompanhou até ao fim da comissão.

sábado, 27 de março de 2010

Parada do Toto

Parada do Quartel do Toto

Digam o que disseram...Pensam o que pensar...Mas por este espaço físico de terreno durante treze anos de guerra, passaram,e formaram milhares de militares,e em todo este espaço de tempo foi aqui engolida a juventude de muitos jovens...Na retaguarda destes militares era o refeitório das praças que saciou o estômago de muitos militares,e neste terreiro formaram durante todos estes anos muitos milhares...Lado esquerdo refeitório, lado direito um barracão ligado à intendência,deposito de géneros. Aqui temos o interior do quartel,incluindo parada,de frente e portas de armas vista de dentro para fora, e a porta de armas do aquartelamento e alguns militares da guarda.Em frente já fora do quartel naqueles morros fica a nova sânzala, construída pelas mãos dos militares.

terça-feira, 23 de março de 2010

Doutor Bento Soares.

Militar em Apuros Com uma Apendicite Aguda.

Este ilustre Médico que foi Alferes Miliciano na companhia de caçadores 1495, digníssimo Doutor Bento Soares,que esteve colocada no Lucunga, de 1966 a 1968 e foi este brilhante médico do mesmo Batalhão de Caçadores 1875,e assim  que regressou de férias,foi logo de imediato chamado para me evacuar um doente com uma apendicite aguda...Já de noite tiveram que organizar um grupo de combate para fazerem uma viagem de cento e vinte kms  por entre picadas sinuosas e matas,densas para irem do Toto, ao local aonde estava-mos estacionados com o referido doente,no Lucunga.
Este militar depois de operado e de regresso a companhia me veio a agradecer pessoalmente o me ter interessado pelo caso dele.Aqui os agradecimentos ficavam para ultimo plano, tratava-se sim de um militar,doente necessitando de uma intervenção,de cirurgia urgente...O lema de tratamento era igual para todos sem qualquer distinção.Sentido esse que se enquadrava numa problemática singular,tendo em conta,todos os elementos,militares e civis.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Alferes Miliciano Rui Borges.

Alferes Miliciano Rui Borges.

Este oficial,Alferes miliciano Rui Borges,já no ano de 1966 e 1967 se prestava para certos assuntos,e como tal eu também gostava de saber qual o conteúdo desta conversa! Naturalmente nem o próprio actor de momento me saberia dar uma resposta!Rodeado por militares que faziam parte do seu grupo de combate,quarto grupo, da companhia de caçadores 1494 e conversando com um indevido de cor...Qual seria o resultado da conversa? Os restantes militares muito atentos aos desenrolar dos acontecimentos...
Sinceramente eu gostava de saber o porquê deste assunto...
Hoje meritíssimo Juiz já muito próximo da reforma,se é que não esta já reformado!

E agora que escrevo esta historia à distancia de alguns anos exactamente neste mesmo capitulo, e pela escrita, os acontecimentos evocados são afinal recriados visto o lapso do tempo entre a realidade e a memória, permitir a reelaboração do pensamento...Transcorridos os anos que medeiam os dois momentos,o da vivência escrita, olho o passado com o mesmo olhar com que olho o presente.
Vivo estes factos passados com o sentido que me ocorrem a memória com lucidez,e com sentido de responsabilidade.Milhares de historias ficam refugiadas na memória de muitos militares,e muitas ficarão por contar...Esta era a nossa guerra...

segunda-feira, 15 de março de 2010

Batuques na Sanzala Toto

Batuque na Sanzala

Festa na Sanzala

Momentos Felizes na Guerra.

Estas manifestações de aldeões perante o olhar atento dos militares,e tentando divertir toda a gente que assiste a elas, essencialmente os militares, e os negros por ficarem gratos de agradecimento pela assistência que lhes era prestada pela construção de algumas habitações, embora um pouco frágeis mas muito superiores as que possuíam nos seus aldeamentos.E estas eram as populações que dentro do quartel do Toto todos os dias hás dez horas da manhã procuravam assistência medica sempre que estivessem doentes,e eu muitas vezes os assisti na questão de fazer pensos e dar injecções,fosse intermuscular ou endovenosa conforme a descrição medica...Estas populações vestiam o melhor que tinham e do pouco que possuíam para se apresentarem da melhor forma perante as autoridades militares,tanto crianças como adultos,e temos bem o exemplo mostrado pelas fotos...E para alegrar estas populações lá teve que o Alferes Emanuel, do deposito da intendência dispensar um belo pipo de vinho,o qual mais tarde os negros vieram agradecer.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Dois Oficiais Junto das Populações.

Dois Oficiais Junto dos Aldeões

Nesta foto num convívio na Sanzala com os Aldeões o comandante da companhia de Artilharia 739,temos o Capitão Mira, e ao seu lado um jovem militar Alferes miliciano Palaio que durante o ano de 1965 permaneceram aqui no Toto até Janeiro de 1966, e no reinado deste oficial já se assistia ao convívio com as populações,porque era fundamental traze-las até junto dos militares afim de dar a entender as mesmas populações que a guerra não era só utilizar as armas ou as bombas, e cabe-me dizer que este sistema de politica da psíco até deu resultado...Depois destes militares serem transferidos para outra zona, o Capitão Almeida da companhia de caçadores 1494 deu o mesmo seguimento ao sistema herdado deste seu antecessor, e tanto que resultou que a nossa tropa da 1494 da qual eu fiz parte, e da 1493 depois de nós, e do mesmo batalhão 1875 que permanecemos neste sector o tempo de toda a comissão.
Estes dois oficiais na sanzala,num dos poucos convívios que se realizou, e na retaguarda podem ver um aldeão com duas crianças de tenra idade, e alguns homens adultos dos que fariam parte da equipa de futebol...

sábado, 6 de março de 2010

Oficiais do Exercito Portugues em Angola ano de 1966

Grupo de Oficiais no Aeródromo do Toto

Antes de nos permaneceu neste sector o Batalhão de Artilharia 741,e composto pelo mesmo número de companhias que o Batalhão de Caçadores 1875,e por quem foram rendidos em Janeiro do ano 1966,e depois da sua rendição aqui no norte de Angola foram para o leste deste País,e aí terminaram a comissão no ano de 1967,e um ano antes do Batalhão 1875,que terminou a comissão no fim de Abril de 1968 com vinte e sete meses,e que permaneceu todo o tempo colocado neste sector,algures, entre Vale de Loge, Toto, Locunga,e Inga.Este grupo de oficiais entre milicianos e provavelmente incluindo,dois capitães e um tenente que faziam parte do quadro do exercito,incluindo comandantes de companhia,e alguns oficiais com o posto de Alferes miliciano,praticamente todos eles com um significado fazer o melhor que sabiam.Fazendo a leitura deste que tenho conhecimento baseado nas informações que o  Alferes Emanuel me transmitiu e que fez o favor de me enviar estas fotos então aí vai a leitura e identificação dos nossos ex-combatentes:
Da esquerda para a direita, primeiro o Alferes Emanuel Fronteira,segundo Alferes Silva Pereira,terceiro o Alferes Augusto,quarto Capitão Ramires Promovido a Major,quinto Capitão Roby promovido a Major,sexto Alferes Palaio,sétimo Tenente Pesca do departamento (PAD)oficinas no Toto,oitavo Alferes da companhia 738 colocada no Lucunga,nono Alferes Terrinha Medico e décimo mais um Alferes da mesma companhia destacada no Lucunga.Há dois Alferes que não sei o nome pelo facto de só neste dia se terem aproximado dos respectivos colegas, e devido a sua distancia de algumas dezenas de kms.Como podem verificar as guerras do ultramar engoliam um grande numero significativo de jovens vindos da metrópole, e aqui é num espaço muito reduzido em comparação com toda a Angola...Entre oficiais milicianos e militares do quadro incluindo soldados aqui temos uma simples demonstração... Na despedida destes dois oficiais promovidos a major,é que foi feita esta foto no aeródromo do Toto.Estes dois oficiais que foram promovidos ao  posto de major,naturalmente que devido a sua continuação ao serviço do exercito hoje,provavelmente já estarão na reforma com um posto de coronel,ou brigadeiro...Quanto ao tenente pesca qual será hoje o seu posto?Será que estes oficiais ainda se encontram entre nós?Seria uma grande honra...

quarta-feira, 3 de março de 2010

Três Oficiais No Toto,Dois Alferes Milicianos e o Tenente Almeida Comandandante da Companhia 1494

Três Alferes Milicianos no Toto.

Oficiais Milicianos no Toto

Bem,como já tenho aqui publicado também existiam horas que custavam a ser ultrapassadas,e como na juventude de qualquer jovem aqui temos bem o exemplo de três oficiais milicianos fazendo do bidão ou (bidões)trampolim,e então o Alferes Miliciano Eleuterio que comandava o terceiro grupo de combate,homem alfacinha por ser de Lisboa,e que a mim me chamava pelo diminui de Ângelo,eu na boca deste oficial era o Ângelito, e por aqui se notava a afinidade para com os seus subordinados, e com muita pena minha voz digo este ex-oficial miliciano de Infantaria também faleceu há longos anos...Desde a nossa despedida do quartel de Abrantes pela ultima vez nunca mais nos tornamos a encontrar.
Ao olhar para as fotos da-me a crer que estas imagens nos mostra bem a amizade com que se relacionavam estes três oficiais, num momento que faziam exercício físico.
Anteriormente referi-me a dois ex-oficiais que se encontram na foto,o Alferes Emanuel Fronteira, o Alferes Tomé Macedo, e por ultimo o Alferes Eleuterio que está fazendo exercício entre os bidões.Apesar de serem oficiais não deixavam de ter os mesmos problemas que qualquer outro militar,notando-se a ausência daqueles que lhe eram queridos...Militares com um extraordinário brilhantismo na carreira e com a boa disposição nas formaturas,para com todos os militares,reinava sempre a boa disposição.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010